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O ARCANJO MIGUEL |
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O Arcanjo Miguel. Dentro do contexto da Bíblia Sagrada, que, sem sombra de dúvida, é a fonte de informações mais segura e confiável sobre angelologia, encontramos uma série de declarações que, comparadas e confrontadas, nos indicam que o Arcanjo Miguel é o próprio Cristo. Apocalipse 12:7 declara que "houve guerra no Céu" e que "Miguel e Seus anjos lutaram contra o dragão". Daniel 8:25 diz que "por sua astúcia nos seus empreendimentos fará prosperar o engano...; levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes...". Na versão parafraseada da Bíblia na Linguagem de Hoje, diz que "ele desafiará a Deus, o Rei dos reis..." E segundo Apocalipse 19:16, Jesus Cristo é o Rei dos reis. Daniel 12:1 enfatiza que "nesse tempo se levantará Miguel, o grande Príncipe..." Daniel 9:25 refere-se ao Ungido como sendo o Príncipe, nestas palavras:
Quem é este Ungido? A resposta está em Lucas 4:17 e 18, onde Jesus, referindo-Se à profecia de Isaías 61:1 e 2, fala de Si mesmo nestas palavras: "O Espírito do Senhor está em Mim, pelo que Me ungiu..."
Atos 10:38 e 39 declara, de maneira mais direta, quem é este Ungido, com as seguintes palavras:
Atos 4:26 diz que "levantaram-se os reis da Terra e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o Seu Ungido..." - Aqui não se trata de qualquer ungido, mas do Ungido, o Messias. Atos 5:30 e 31 acrescenta que "o Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes... Deus, porém, com a Sua destra o exaltou a Príncipe e Salvador..." Quem poderia ser, pois, Miguel de Apocalipse 12:7; Miguel, vosso Príncipe, de Daniel 12:11; Miguel, o grande Príncipe, de Daniel 9:25? Porventura a resposta não estaria em Apocalipse 1:5, onde está escrito:
Corroboram esta versão também as versões da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, a New York: American Bible Society e Holy Bible, Translated From The Latim Vulgate, Bélgica. Wilson Sarli, Anjos Exércitos Invisíveis de Luz e Poder, 2.ª ed., 2000, pág. 339. Quem é o Arcanjo Miguel mencionado em Judas 9. Muita especulação surgiu através dos tempos, nas tradições judaicas e cristã, sobre a natureza e obra dos anjos, bem como sobre a identificação do Arcanjo Miguel. Na literatura pseudo-epígrafa, por exemplo, Miguel é apresentado como um dos sete anjos celestiais (I Enoque 20:1 a 7; 81:15; 90:21 e 22; Tobias 12:15), e um dos quatro que se encontram mais próximos do trono de Deus (I Enoque 9:1; 40:1 a 10; 54:6; 71:8, 9 e 13). Essas tradições extrabíblicas têm sido usadas por muitos comentaristas contemporâneos para alegar que Miguel é apenas um anjo, criado por Deus, que exerce a função de principal líder das hostes angélicas. Nas Escrituras, Miguel, cujo nome significa "Quem é como Deus?", é descrito como:
Uma análise detida dessas expressões, dentro do contexto bíblico, deixa claro que Miguel é apresentado no texto sagrado como um Ser divino, cujas características refletem a glória messiânica do Antigo Testamento. Miguel é apresentado em Judas 9 como o "Arcanjo" que, na disputa "a respeito do corpo de Moisés" (Deuteronômio 34:5 e 6), enfrentou o diabo com as palavras: "O Senhor te repreenda!" Essa alusão identifica Miguel como o "Arcanjo do Senhor" que, na contenda sobre o "sumo sacerdote Josué", disse igualmente ao diabo:
OBS – Segundo Paulo temos que: Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele. I Cor 8:5, 6. No entanto, no Velho Testamento, os escritores não tinham luz suficiente para discernir quando se tratava de DEUS e quando era JESUS. Por isto, sempre devemos ler o contexto para solucionar este impasse. Paulo, novamente nos ajuda ao falar aos Romanos: Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar, e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, e todos comeram de um mesmo manjar espiritual, e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo. I Cor 10:1-4. Portanto, a presença marcante no Velho Testamento era de Jesus. Mas, observe que cada vez que Jesus se refere ao Seu Pai, o nosso DEUS, Ele usa a expressão SENHOR! Note, também, que Jesus compartilha do mesmo espírito do Pai (Isa 61:1-2; Luc 4:17, 18).
É interessante notarmos que, tanto em Zacarias 3 como em Gênesis 22:11 a 18, Juízes 6:11 a 24, Juízes 13; e Atos 7:30 a 40, o Anjo do Senhor é identificado como sendo o próprio Senhor Jesus! Em Apocalipse 12:7, Miguel e Satanás são apresentados em direto antagonismo, num conflito cósmico que se originou no Céu, e que se estende ao longo da história humana (Apocalipse 12; Apocalipse 20). O Novo Testamento esclarece que esse conflito polarizou-se entre Cristo e Seus seguidores e Satanás e seus adeptos. Ver:
Já em Daniel 10:13 e 21; Daniel 12:1, Miguel é chamado de "Príncipe" e "o grande Príncipe". Em todo o restante das Escrituras, quando não aplicado a seres humanos, o título "príncipe" é usado exclusivamente para Cristo ou para Satanás, mas nunca para qualquer outro ser angelical.
Em Josué 5:14 e 15, o Senhor Se apresentou a Josué como "Príncipe do exército do Senhor", aceitando adoração, o que seria uma blasfêmia se esse Príncipe fosse apenas um anjo (ver Mateus 4:10; Apocalipse 22:8 e 9), e ordenando que Josué tirasse as suas sandálias porque o lugar se tornara santo (comparar com Êxodo 3:4 a 6; Atos 7:30 a 33). No próprio livro de Daniel, Cristo é chamado também de "Príncipe do exército" (Daniel 8:11) e "Príncipe dos príncipes" (Daniel 8:25).
OBS – Lendo o contexto de Apocalipse 22:6-13 podemos, novamente identificar o Anjo que fala com João, como sendo o próprio Jesus – vs 13: Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Derradeiro – pois o Anjo continua a falar com João e identifica-se à ele... Quanto a não aceitar ser adorado é porque Ele, estando no Céu (na presença do Seu Pai) dá-Lhe as devidas honras!
Uma das características básicas do conteúdo profético do livro de Daniel é a "repetição para ampliação". Cada uma das quatro grandes seções proféticas do livro emprega símbolos diferentes para descrever a mesma seqüência profética, culminando sempre com a manifestação gloriosa de Cristo para a implantação do Seu reino eterno sobre a Terra (Isa 65/66). Essa manifestação de Cristo é simbolizada em Daniel 2, pela pedra cortada sem auxílio de mãos (versos 34 e 35; 44 e 45; comparar com Atos 4:11; Efésios 2:20; I Pedro 2:4 e 8) que enche TODA a Terra; em Daniel 7:13, 14, pelo aparecimento do Filho do homem (comparar com Apocalipse 19:11 a 21) como Rei de TODAS as nações, povos e línguas sobre a Terra! E, finalmente, em Daniel 12:1, pela vinda de "Miguel, o grande Príncipe, defensor dos filhos do teu povo" (comparar com Salmo 91). Alegar que Miguel seja um simples anjo significa quebrar o paralelismo estrutural do livro. Fundamentados nas semelhanças que a Bíblia apresenta entre as características da missão do Arcanjo Miguel com as de Cristo, podemos concordar como outros comentaristas, como João Calvino e Matthew Henry, que identificam Miguel como Cristo e não um simples anjo (ou um ser criado – vide obs abaixo).
OBS – Jesus, na realidade, tem um princípio – anterior ao tempo, por isto Eterno e Primogênito de toda a Criação; ver Prov 8:22-30 e Col 1:15.
Fonte: www.jupiter.com/iasd Edição: o Caminho
CIC – Congregação Israelita ‘o Caminho’ By Ministério Estudando a Bíblia http://estudandoabiblia.tripod.com
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